segunda-feira, 29 de junho de 2015

Dieta Alcalina

Toda substância pode ser dosada em potencial de hidrogênio (pH), sendo assim classificadas em ácidas, neutras ou básicas. A escala de pH vai de 0 a 14, sendo 0 o índice mais ácido e 14 o mais básico, substâncias com pH igual a 7,0 são classificadas como neutras.

Classificação dos alimentos


Os alimentos são classificados como ácidos ou alcalinos, dependendo do efeito que têm no nosso organismo. É importante ressaltar que esta classificação é baseada no efeito do alimento sobre o organismo após a digestão, e não em seu teor de acidez ou alcalinidade intrínseco. Um equívoco comum é o de que, se um alimento tem sabor ácido, terá um efeito formador de ácido no corpo. Isso nem sempre é verdadeiro, vários alimentos ácidos, após a digestão, tornam o nosso organismo alcalino. As frutas cítricas são um bom exemplo, os limões, por exemplo, são “muito ácidos”, mas na realidade, eles são os principais minerais alcalinizantes, pois após a digestão ajudam a remover os íons de hidrogênio, reduzindo a acidez do corpo.

Efeitos do pH no organismo


O pH ideal do sangue humano deve ser ligeiramente alcalino (7,35 – 7,45), abaixo ou acima dessa faixa ocorrem sintomas e doenças.
Um pH ácido pode ser gerado a partir de uma dieta com alimentos formadores de ácidos, estresse emocional, sobrecarga tóxica, reações imunológicas ou qualquer processo que prive as células de oxigênio e outros nutrientes. Naturalmente o organismo irá tentar compensar o pH ácido, usando minerais alcalinos. Se a dieta não contiver sais minerais suficientes para esta compensação, ocorrerá um acumulo de aminoácidos nas células.
Em um organismo ácido ocorre redução da capacidade do corpo de absorver mineral e outros nutrientes, redução da produção de energia nas células, diminuição da capacidade de reparação celular e da capacidade do corpo de se desintoxicar de metais pesados, favorecimento do crescimento de células tumorais, além do corpo se tornar mais suscetível a fadiga e a doença. Um pH sanguíneo de 6.9, o qual é apenas ligeiramente ácido, pode induzir ao coma e até a morte.
Assim como o nosso corpo tem mecanismos para regular a temperatura, de forma que se mantenha num valor determinado, ele faz o mesmo para tentar manter o valor de alcalinidade do sangue em torno do pH 7,3.
Nesses casos, o organismo ativa alguns mecanismos regulatórios, como por exemplo, o “sequestro” do cálcio dos ossosEstas reservas de minerais alcalinos são facilmente consumidas devido ao nosso estilo de vida ocidental, ou seja, a maioria de nós ingere alimentos e bebidas que tem um forte efeito ácidos. Estudos recentes reforçam a ideia de que uma dieta com pH equilibrado, otimiza o metabolismo aumentando a capacidade do organismo de eliminar toxinas, além de diminuir a retenção de líquidos, consequentemente contribuindo com o processo de emagrecimento. É necessário que haja equilíbrio na ingestão de alimentos ácidos e alcalinos, mas também na quantidade de alimento consumido. 
A proposta desta dieta é aumentar o consumo de alimentos ricos em minerais alcalinos (magnésio, potássio, cálcio e sódio) como o óleo de peixe, chá verde, grãos integrais, vegetais e amêndoas, inhame, lentilha, melão, brócolis, repolho, maçã, mamão, frutas cítricas e secas, folhas verdes, legumes, raízes, azeite de oliva, milho verde, abobrinha, quiabo e chuchu cru e de bebidas saudáveis que não contenham cafeína ou açúcar, como suco de vegetal fresco, água destilada, água de limão, chá de ervas, caldo de legumes, entre outros e evitar os alimentos ricos em ácidos como refrigerantes (incluindo água com gás e água tônica), café, chá-preto, açúcar, adoçantes, amendoim, grãos e vegetais ricos em amido (trigo, massas e feijão), farinhas brancas, todos os produtos processados, lácteos e chocolate.



O ideal para o bom funcionamento orgânico é que o paciente não faça a dieta por um período curto de tempo, mas que seja um estilo de alimentação a ser adotado para a vida. Porém é necessário evitar dietas muito restritivas, para que o organismo não seja prejudicado pela falta de outros nutrientes, além de respeitar a individualidade bioquímica e adequar as necessidades nutricionais de cada um, para evitarmos qualquer deficiência, por isso é fundamental ter um acompanhamento de um nutricionista ou médico com experiência no assunto.

“O médico do futuro não dará remédios, mas interessará os pacientes nos cuidados com o corpo humano, a nutrição, e nas causas e prevenções de doenças”. Thomas Edson

Nenhum comentário:

Postar um comentário